MAIO, o Mês das Nossas Mães!
- Cloi Polastro
- 30 de abr.
- 4 min de leitura
Maio chega com sua temperança de outono, nos lembrando que o cair das folhas das árvores são como os filhos que deixam seus lares e alcançam voos de sonhos e esperança. E é assim que vejo muitas mães se alegrando com seus filhos: formando suas próprias famílias.
Com isso em mente, em um momento de estudo da Bíblia, eu usei a Inteligência Artificial (nesta caso a GEMINI do Google) pra que fizesse um levantamento das mães citadas nas escrituras. A lista foi GRANDE! Mas dentre todas as mães citadas, uma me chamou a atenção: EUNICE, mãe de Timóteo!
Pesquisando na Bíblia, e com o auxílio da IA, pude levantar dados e ver informações sobre ela. Dai a minha mente viajou: e se eu pudesse estar com Eunice trocando uma idéia, ou ainda, como seria estar com ela em uma EBD (Escola Bíblica Dominical) e ver ela se apresentando?
Então vamos lá, essa é a Eunice (aqui imaginada com 60 anos) se apresentando pra nós em um belo domingo de manhã:

(Eunice se levanta devagar, um sorriso gentil no rosto marcado pelo tempo, seus olhos escuros brilhando com uma mistura de nostalgia e fé serena. Ela ajeita seu manto simples sobre os ombros e olha para o grupo reunido.)
"Shalom a todos. Que a paz do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vocês.
Meu nome é Eunice. Olho para vocês hoje com os olhos de quem já viu sessenta verões passarem aqui em Listra, e em outros lugares por onde a vida e a fé me levaram. Muitos de vocês talvez me conheçam por causa do meu filho, Timóteo. Sim, meu amado Timóteo... aquele jovem que agora caminha lado a lado com o apóstolo Paulo, servindo às igrejas com tanto zelo. Meu coração se enche de gratidão a Deus só de pensar nele.
Mas antes de ser a mãe de Timóteo, sou filha de minha mãe, Lóide. Ah, minha mãe... uma mulher de Israel, cuja fé em nosso Deus sempre foi como uma rocha firme. Foi dela que recebi o maior tesouro. Nasci e fui criada como judia, aprendendo nossas tradições e esperando, como todo o nosso povo, pelo Consolo de Israel, pelo Messias prometido.
E então, a Boa Nova chegou até nós! A notícia de que Jesus de Nazaré era, de fato, Aquele que esperávamos. Pela imensa graça de Deus, meu coração e o de minha mãe se abriram para crer Nele. Tornamo-nos 'judias crentes', como alguns nos chamam (Atos 16:1), seguindo o Caminho do Senhor Jesus.
Minha vida teve suas particularidades. Casei-me com um homem grego (Atos 16:1). Um bom homem, de bom coração, mas que não compartilhava da nossa herança nem, inicialmente, da nossa fé no Messias. Isso significou que, em nosso lar, a responsabilidade de nutrir a fé em nosso filho, Timóteo, recaiu especialmente sobre mim e minha mãe. E fizemos o melhor que podíamos, com a ajuda de Deus.
Lembro-me de Timóteo ainda pequeno, sentado em meu colo ou aos pés de minha mãe, Lóide. Desde a sua infância, fizemos questão de que ele conhecesse as Sagradas Letras – a Lei, os Profetas, os Salmos (2 Timóteo 3:15). Líamos para ele, contávamos as histórias dos nossos antepassados, ensinávamos os mandamentos do Senhor. Sabíamos que aquelas palavras eram mais do que histórias antigas; elas tinham o poder de fazê-lo sábio para a salvação, pela fé que viria a ter em Cristo Jesus.
O apóstolo Paulo, em sua bondade e afeição por Timóteo, mencionou certa vez a 'fé não fingida' que viu em meu filho... uma fé, ele disse, que habitou primeiro em minha avó Lóide, e depois em mim (2 Timóteo 1:5). Essa palavra, anypokritos... significa genuína, sem máscara, sem hipocrisia. Não é uma fé de aparência, mas uma confiança real e vivida no Deus vivo. Essa fé não é mérito meu, mas um presente precioso que recebi de minha mãe e que, pela graça de Deus, pude ver florescer também no coração do meu filho. Viver essa fé em um lar com culturas diferentes, criar um filho nos caminhos do Senhor nesse contexto... exigiu perseverança, oração e uma confiança constante na fidelidade de Deus.
Ver Timóteo hoje, não circuncidado segundo a carne por causa de seu pai grego, mas circuncidado no coração pela fé em Jesus, servindo ao Senhor com tanta dedicação... é a prova de que Deus é fiel e ouve as orações de uma mãe e de uma avó. Ele usa nossas pequenas vidas, nossa fidelidade no dia a dia, para cumprir Seus grandes propósitos.
Então, se me apresento a vocês hoje, aos sessenta anos, é simplesmente como Eunice: uma mulher judia que encontrou o Messias, esposa de um grego, mãe de Timóteo, mas, acima de tudo, uma serva do Senhor que aprendeu com sua mãe a importância de uma fé genuína e teve o privilégio de passar essa tocha adiante. A maior lição que a vida me ensinou é esta: plantem a Palavra de Deus no coração de seus filhos desde cedo, vivam uma fé autêntica diante deles, e confiem que Deus fará a semente crescer.
Que Ele abençoe a todos vocês."
(Eunice termina de falar, oferece um último sorriso caloroso e se senta novamente, com a dignidade tranquila de quem compartilhou um pouco de sua alma e de sua história.)
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